"Mas de todo modo, entre as coisas que a gente se lembra e as de que não se lembra, entre as que conhece e as que desconhece, é preciso tapar os buracos da memória com a estopa que se dispõe. E talvez qualquer tentativa de conhecer o outro seja sempre isso, nossas mãos moldando tridimensionalidades, nosso desejo e a incompetência montando um álbum de colagens para fazer levantar dali um morto, um amigo, um amante misterioso que quando clareia o dia vai para a janela e fica contemplando o nada, sem dizer uma palavra. Um filho por demais arredio, um professor lacônico, um colega de trabalho sem senso de humor, que olha sério dentro dos nossos olhos quando contamos uma piada irresistível. As pessoas que desconhecemos ou estranhamos. Todas as pessoas".
Hoje contei as estrelas... E a vida parece um filme... Saudades...
0 comentários:
Postar um comentário